Ainda não sei explicar o que estou sentindo. Procurei por algum tempo entender o que tem se passado dentro de mim nestes últimos dias, mas ainda não encontrei nenhuma definição.
É um pouco de cansaço, medo, solidão. Tudo borbulhando, no ponto máximo, no ápice, pronto para entrar em erupção... e explodir.
As coisas sempre foram assim: no começo, com tanto zelo, tanto cuidado, carinho... Depois, tudo vai se perdendo. Bobeira minha achar que desta vez seria diferente. Parece que já virou rotina. E essa sensação estranha, esse nó que dá na garganta como quem quer colocar o choro pra fora, é a consequencia. É assim que tudo termina.
Sinto como se cada pessoa que um dia já fez parte da minha vida conseguiu seguir em frente sem mim e eu não. Todas, inclusive aquelas que juraram estar sempre comigo. A idiota aqui sempre acreditou em cada palavra que foi dita, e no fim tudo virou poeira. É normal isso acontecer, mas tenta ensinar isso pro meu coração. Ensina ele a não sofrer toda vez que isso acontece. Ensina, por favor. Porque os machucados feitos já não cabem mais em um só coração. E o pior: eles não cicatrizam.
Saiba, antes de tudo, antes de qualquer aproximação, que o meu coração não tem a tecla ''delete''. E muito menos a tecla ''esqueça''. Eu não vou conseguir apertar essas teclas logo depois que você sumir. Meu coração não é um entra e sai de pessoas. Pra mim, as pessas não são substituídas. Se com você é assim que funciona, comigo não. Pense bem antes de falar um ''eu te amo''. Se você não falar isso com o coração, você está jogando-o fora. Se você não ama, não diga. Será bem menos doloroso, doerá bem menos em mim, e eu saberei te compreender. Tenha certeza do que você fala, antes de machucar um coração que ama loucamente e intensamente.
Seja sincero, e você magoará muito menos as pessoas. Dizem que a verdade dói, só que esqueceram de dizer também que as mentiras, quando descobertas, doem muito, muito, muito, muito mais.
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